Sunday, January 20, 2013
Liberdade de SER
Friday, March 11, 2011
O desabrochar da rosa
E os espinhos antes perfurantes
Agora não deixaram de penetrar
Mas já não machucam mais.
Nem todo jardim tem rosas
Mas todos deveriam ter
E se aproveitar da beleza delas.
Porque um jardim sem rosas
Pode não ter espinhos
Mas também não exalam seu perfume.
Saturday, April 24, 2010
Parado no ponto
Passou.
Escapou.
As mãos não alcançaram.
As pernas não acompanharam.
Os olhos choraram.
E o coração...
Indeciso, não sabia pra onde ir.
Desnorteado, com medo.
Parou.
Wednesday, March 31, 2010
Variável constante
O amor não nasce com vontade própria.
Ele toma conta.
Querendo ou não.
Invade.
Perpetua.
Não passa jamais.
Saturday, March 13, 2010
Perpétuo suspiro
Suspiros.
Não aguentava mais as mesmas janelas,
a luz acesa, a porta aberta.
Suspiros.
Pára e pensa
Vai passar.
Um dia.
Dois.
Do lugar não sai.
Da parede não passa.
O mundo restrito.
A vida no mesmo lugar.
São só mais uns.
Suspiros.
Sunday, March 7, 2010
Não! Não quero, não!
Não quero mais essa vida, chata e sofrida. Quero férias o ano inteiro. Quero ter tempo de sentar na beira da praia e ver as pessoas passarem, cada um com seu movimento, seu jeito, seus problemas e suas fantasias.
Não quero mais essa vida. Correria o dia inteiro, todo dia. Não tem descanso. Dormir? É pura perda de tempo nessa vida. E quando a gente pensa que pode melhorar, piora.
Agora me diz, quem quer viver essa vida? Por isso a falta de ânimo de muitos com a vida, mas estão enganados, completamente enganados. Porque isso não é viver.
Quero encontrar meus amigos, TER amigos. Rir no meio da rua, sozinha, de uma piada contada há tempos. Sair sem destino e sem ter hora pra chegar. Não ter um cronômetro ligado 24 horas do dia.
Quero, quando chegar a noite, olhar as estrelas. Deitada num campo ao ar livre. Respirar um ar menos poluído. E sentir. Sentir aquele sentimento que já não sei mais nem o nome.
Saturday, February 27, 2010
Pôr do sol
Sentado ele estava, na varanda do seu apartamento na beira mar. O vento batia em seu rosto fraco, pálido.
Olhava o horizonte e recordava.
As noites em claro no bar com os amigos na juventude. A primeira noite com sua primeira namorada de tantas, que sequer o nome lembrava.
Tantos amigos que a vida lhe deu, histórias. Tanta felicidade.
Agora, mesmo depois de jovem, com sua idade já avançada ele sorria. Aquele sorriso sem malícias, de quem já viveu as maiores maravilhas do mundo.
Não, ele não se arrependia de nenhum dos momentos. Nem das flores, nem dos espinhos. Porque ele sabia que não se podia ter tudo que se desejava. Mas foi feliz. Muito feliz.
O tempo passava, e ele sentado na varanda a sorrir. A vida sem esperá-lo, corria. Mas ele não queria muito mais. Só estava a esperar o sol dar lugar a lua.