Sentado ele estava, na varanda do seu apartamento na beira mar. O vento batia em seu rosto fraco, pálido.
Olhava o horizonte e recordava.
As noites em claro no bar com os amigos na juventude. A primeira noite com sua primeira namorada de tantas, que sequer o nome lembrava.
Tantos amigos que a vida lhe deu, histórias. Tanta felicidade.
Agora, mesmo depois de jovem, com sua idade já avançada ele sorria. Aquele sorriso sem malícias, de quem já viveu as maiores maravilhas do mundo.
Não, ele não se arrependia de nenhum dos momentos. Nem das flores, nem dos espinhos. Porque ele sabia que não se podia ter tudo que se desejava. Mas foi feliz. Muito feliz.
O tempo passava, e ele sentado na varanda a sorrir. A vida sem esperá-lo, corria. Mas ele não queria muito mais. Só estava a esperar o sol dar lugar a lua.